O PSD quer cinco saídas para uma entrada na função pública. Esta história da relação entre o emprego público e a direita mostra dois paradoxos curiosos. Em primeiro lugar, a direita, patriótica, ignora uma das principais razões que explicam o facto de o trabalho na função pública ter vindo progressivamente a tornar-se menos interessante, menos útil e menos eficaz em moldar as políticas públicas: Bruxelas. Ignora ou prefere ignorar. Em segundo lugar, a direita não quer menos funcionários públicos ou menos gastos públicos, quer apenas trocar a sua composição: quer mais polícias, mais juízes, mais militares, mais submarinos, mais vouchers para pagar escolas privadas e hospitais privados que custam, como se sabe, bastante mais do que os equivalentes públicos.