O governo de coligação britânico lembra-me uma anorética que, olhando-se no espelho, lamenta-se: "estou mesmo gorda, não estou?"
Depois de uma dieta de fúria, levando a cortes na despesa e no emprego público absolutamente draconianos, em face a níveis de despesa e dívida públicas perfeitamente limitados em comparação com a realidade europeia e ocidental, a economia britânica encontra os primeiros sinais de uma anemia galopante. A surpresa com que os sintomas têm sido recebidos pelo ministro das finanças assemelha-se às linhas do Guardian de ontem, que diziam que ainda estava por esclarecer a causa da morte de Amy Winehouse.